A noite perdurará
A ilusão morrerá de frio
Primeiro sentirá as extremidades a
arrefecer
Procurará o fogo
Sem o encontrar
Todo o corpo de ilusão entrará em
hipotermia
A noite não será mais bela
[Nem uma vaca preta]
As estrelas por mais que brilhem
Não apagarão a solidão de nos sabermos
sós
A memória há-de trair-nos
Em cada instante sem sol
Sabendo-o já uma quimera
A ilusão, essa, como disse,
Morrerá de frio