sexta-feira, 27 de setembro de 2013


As pessoas que gostam
As que se deixam gostar
E as que,
Por mais que a Terra seja redonda,
Não gostam de nada

Talvez porque [a] tudo desejam

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Segura-me a mão
Devagarinho ou com firmeza
Até as lágrimas terminarem de hidratar-me a face

Segura-me a mão
À distância ou aqui ao lado

Com cartas sobre banalidades
Postais com imagens de lugares que não conheço
Com as palavras de sempre

Segura-me a mão, o coração e um pouco do que sou
Não desistas

[Faz-me acreditar
Que mereceste ser escolhido entre os 7 mil milhões de habitantes na Terra]

Segura-me a mão

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Seduz-me
A ideia de não seres meu
Ou de outro alguém

Seduz-me
Saber-te livre

Terrifica-me,
Somente, que nem de ti sejas

domingo, 22 de setembro de 2013

Não existem países grandes
Existem pessoas pequenas

Não existem distâncias intransponíveis
Existem pessoas que caminham devagar
[Ou não querem caminhar]

Não existem impossíveis
Existem pessoas que não almejam exceder-se, arriscar

Desejo-me
Grande, a transpor distâncias, excedendo-me

Acompanhas-me?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Um dia

Paro todos os relógios do mundo
Paro o sol e a chuva
Atravesso-me

Chego ao real de mim

Colo pedaços
Construo-me, mais uma vez
 [E as que forem necessárias!]

Ligo todos os relógios do mundo
E vou ser feliz numa festa qualquer

Hoje não é o dia
É a noite

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

“No meu peito não cabem pássaros”

Mata-me
Não saber de onde vêm
Para onde vão

Mata-me
Não saberem o que querem
O que fazem neste céu

“No meu peito não cabem pássaros”

Claro que cabem
Tal como eles eu vivo da liberdade

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

E se não houvesse amanhã

Se o hoje,
Daqui até ao amanhã,
Fosse o último dos dias

Ficavas?
Não.

domingo, 8 de setembro de 2013

Confio-te o que sou
Os menos, os mais,
Que pautam o meu gostar de ti

Confio-me às tuas mãos
100 limites
Porque não vivo pela metade

Confio-te o que entendo por esse sentimento
[Amor?]

Não o sabes/queres cuidar

E,
Por mais noites que vivas na minha cabeça,
A saudade não vale a pena
A ausência não traz paz

Apenas o tempo é nosso aliado
Se o ambicionarmos
Há-de passar

[“Não me julges pela metade
Se não me conheces por inteiro”]


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O teu sorriso
É uma das minhas casas

Aquela que é maior que o mundo

Dá-me mais um

Prometo guardá-lo
Nos sonhos tornados reais

O que trago em mim?
Sonhos por fazer
Realidade


[E a persistência dos loucos!]

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Abraço-me
Na janela de oportunidade do tempo
Entre a partida e a chegada

Quero ter na ponta da língua
O sorriso
[Meu e dos outros]

:)
É, cada vez mais,
Um dos melhores abraços a que posso abandonar-me

O sorriso, a música, as palavras, a dança,
O cuidado
[Meu e dos outros]

Devo agradecer-te
Por trazeres, de novo, as palavras que conheço

Afinal,
Não existem invernos que durem para sempre,
Estações de nós que não acabem

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Foi

Um simples acaso
Um grande erro
Uma decisão

Foi
[Não o é e não será?]

Beija-me pela última vez
E desliga o tempo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Num dia maior
Transformo a dor em palavras
E as palavras em poesia

Num dia maior
Um sorriso
Apagará todas as lágrimas

Num dia maior
A morte, mesmo que certa,
Não ceifará a vida

Num dia maior
Ou num solstício de verão
Fugir para a frente

Querer, ao limite,
Fugir do presente
Do passado

Não dos outros
Fugir de nós e para a frente

100 olhar para o lado

Abdicar de pensar
Ir
100 regresso programado

[Ser trapézio sem rede!]

Fugir para a frente, porquê?
Porque a vida pode parar
Mas não anda para trás