quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Janeiro de 2010
Resposta ao: Questionário aos licenciados pela ESEnfC em 2009
O desempregado
Não tem nome
Não tem corpo
Não tem emprego
É anónimo!
[Talvez para que não invejem a sua sorte!]
É jovem, bonito até…
É um estimado Enfermeiro.
Tem uma LICENCIATURA.
Conseguida com o seu esforço,
O dinheiro dos pais
E, até, do país!
Já está a trabalhar?
Sim ou Não
Já trabalhou!
“Se respondeu “Não” o preenchimento está concluído.
Pf devolva o questionário.
Muito obrigado.”
[Não tem a experiência requerida para:
Fazer um comentário relativamente à satisfação/insatisfação com o curso
O que considera que pode ser melhorado na Formação em Enfermagem da licenciatura
Ou outros aspectos!]
“Localização da instituição onde trabalha”
“A formar enfermeiros para a Europa…”
Como que a adivinhar FORA do país.
Por enquanto não…
(...)
“O seu contrato é”
A termo certo
Aliás, certo demais!
O desempregado
Não tem nome
Não tem corpo
Não tem emprego
É anónimo!
[Talvez para que não invejem a sua sorte!]
Saiu da Escola Superior
Saiu da instituição de Saúde em que trabalhava
Já, só procura ENTRAR
Ter um nome
Um corpo
Um emprego
Ser o Enfermeiro X.
[Talvez para que não invejem a sua sorte!]
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
I
O meu castelo
Foi imortalizado na
FOTOGRAFIA, que descrevo
II
Uma mesa de madeira
A toalha de plástico florida
3 pratos, 3 copos e 3 garfos
1/3 de uma garrafa de champanhe
1 bolo de aniversário com 5 velas acesas
Mesa exposta
À volta uma das famílias pela qual ainda hoje rezo!
III
O meu pai
De sorriso escondido
Com o meu irmão ao colo
A minha mãe
De sorriso aberto
Seguindo-nos nesse presente
O meu irmão
Face ruborizada, camisola ruborizada
Olhar suspenso nas velas que ardem
Eu
FELIZ, como só consegue ser quem faz 5 anos
Quem tem presentes aqueles que ama
Quem constrói castelos
Que a vida desfaz 100 vezes!
Que eu construo 100 vezes!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Deus,
Posso devolver-te as cicatrizes
Que tenho no coração?
Trocar as lágrimas de quem cuido
Por um sorriso?
Matar o medo
De ser eu a causa dessas lágrimas?
Eliminar o risco
Da minha intervenção?
Posso devolver-te as cicatrizes,
Em que às escuras,
Coloquei pontos e agrafos?
Aquelas,
Que por vezes,
Apresentaram sinais inflamatórios?
Posso?
Em 2011
Dá-me,
Por favor,
Não menos que em 2010
Dá-me
A minha família de Pessoas
E um bocadinho mais da Mãe que desconheço
Dá-me
Aqueles amigos que perdoam a minha ausência
E um bocadinho mais de presença para lhes oferecer
Dá-me
Pessoas para cuidar
E um bocadinho mais de conhecimento/humanidade para o fazer
Dá-me
Saúde, Paz e Poesia
E aumenta o IVA aos desejos
Para que eu peça,
Dá-me, por favor, não menos que em 2010
[Deus,
Não desistas de fazer-me acreditar em Ti]
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