quarta-feira, 21 de abril de 2010


Pergunto-me,
Será a existência um lapso de Deus.

Procura.
Encontras?
Não desistas.
Nem sempre o errado não se encontra certo!

O errado é relativo.
O relativo, relativiza-se!

Nada existe.
Tudo é válido.
Encontramo-nos na Era da Liberdade!
Condicionada, mas Liberdade!

Sinto a liberdade a iniciar-se na compreensão.
O outro não consegue integrar-te?
Prende-se em si.

Não simplifiques,
Ignorando.

Terminou-se o Tempo da exposição do outro.
Cria-se Tempo.
Cronos jamais conseguirá devorar-nos juntos.

Liberdade.
Desejava integra-la,
Num Tempo Singular e Plural,
Num Tempo não cronometrado.

A trabalhar para Ser Livre.

Observo.
Desgasto o olhar.
São Pessoas, Objectos e Som!
Penetram no tímpano em volume e altura
Sons, som e mais sons…

Toco nesses Objectos.
Penetro-os, sem clemência.
Não osculto opiniões!
Penetro-os.
[Compreendes-me?]

Saboreio o café.
[Sinto-lhe o gosto e o cheiro!]
Grito?
Não!

Necessito de estímulos.
Em quantidade! Em qualidade!
E repouso.
Descanso.
Todas as vozes internas o clamam!
Descanso.
[Este organismo,
Exige-o!]

Todavia, o intelecto não se submete!
O intelecto incomoda.
Intelectualizar manifesta incompreensão!
[Compreendes-me?]

Necessito de teorias.
Singulares.
Inerentes ao indivíduo, individual!

O cheiro do tabaco incorpora-me.

Distancio-me de outros e com outros.
Mentira!
Distancio-me, divago e disserto!

Procuro um Deus interno,
Ao meu Ser.
Não creio na existência de outros.
Creio no que vive!

Creio no olhar, toque, cheiro, gosto, audição e tacto,
Com que descobres a farsa!

Almejas quimeras.
Até a farsa superar-te.
[Compreendes-me?]