Concebo-me pessoa numa estória de amor
Não correspondido a todos
Apenas aquele
Em que encontrar
É medo de já não ser suficiente
Vejo-a ser levada
Sinto-a beijar-me com o olhar
Sigo-a
[Até perder o que sou]
Vejo-a ser despida
Para que o Deus dos Homens
Veja a sua imundice
Onde só vejo a mulher
[Que amo]
Planeiam esfola-la
Faço-os procurar a pedra
Que os constitui
Ficamos sós com o temp(l)o
Seguro-a nua
Quero-a. Abraço-a.
Foco-me na nossa hiperventilação
Quase a beijo
Abraço-a. Quero-a mais.
Não há tempo.
Mato-a com as minhas mãos
Pertenço-lhe e à sua elipse
Abandono-nos. Apedrejam-na.
Sei-me morto
Por um beijo que não foi dado
Pertenço-lhe