sábado, 2 de novembro de 2013

A sós

100 outras pessoas
Até porque desnecessárias

100 terra ou mar
Até porque desnecessários

100 noites
A sós

Até cada milímetro de nós ser conhecido
Até a solidão não pesar em tudo o que somos

Até não suportarmos adormecer, quando o sol nasce
Afinal,
O sol tem de nascer para todos

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Em mim
Tenho o mar que beija a terra
E a terra que se deixa beijar

Tenho as noites de luar
E as escuras como breu

Tenho o sol, a chuva e o vento

Tenho noites que são dias
Porque os dias teimam em não terminar em noites

Talvez ainda não tenha o tudo que quero

Mas,
Todos os dias da minha vida
Lutarei pelo real do meu sonho

A tudo quero por inteiro

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013


As pessoas que gostam
As que se deixam gostar
E as que,
Por mais que a Terra seja redonda,
Não gostam de nada

Talvez porque [a] tudo desejam

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Segura-me a mão
Devagarinho ou com firmeza
Até as lágrimas terminarem de hidratar-me a face

Segura-me a mão
À distância ou aqui ao lado

Com cartas sobre banalidades
Postais com imagens de lugares que não conheço
Com as palavras de sempre

Segura-me a mão, o coração e um pouco do que sou
Não desistas

[Faz-me acreditar
Que mereceste ser escolhido entre os 7 mil milhões de habitantes na Terra]

Segura-me a mão

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Seduz-me
A ideia de não seres meu
Ou de outro alguém

Seduz-me
Saber-te livre

Terrifica-me,
Somente, que nem de ti sejas

domingo, 22 de setembro de 2013

Não existem países grandes
Existem pessoas pequenas

Não existem distâncias intransponíveis
Existem pessoas que caminham devagar
[Ou não querem caminhar]

Não existem impossíveis
Existem pessoas que não almejam exceder-se, arriscar

Desejo-me
Grande, a transpor distâncias, excedendo-me

Acompanhas-me?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Um dia

Paro todos os relógios do mundo
Paro o sol e a chuva
Atravesso-me

Chego ao real de mim

Colo pedaços
Construo-me, mais uma vez
 [E as que forem necessárias!]

Ligo todos os relógios do mundo
E vou ser feliz numa festa qualquer

Hoje não é o dia
É a noite

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

“No meu peito não cabem pássaros”

Mata-me
Não saber de onde vêm
Para onde vão

Mata-me
Não saberem o que querem
O que fazem neste céu

“No meu peito não cabem pássaros”

Claro que cabem
Tal como eles eu vivo da liberdade

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

E se não houvesse amanhã

Se o hoje,
Daqui até ao amanhã,
Fosse o último dos dias

Ficavas?
Não.

domingo, 8 de setembro de 2013

Confio-te o que sou
Os menos, os mais,
Que pautam o meu gostar de ti

Confio-me às tuas mãos
100 limites
Porque não vivo pela metade

Confio-te o que entendo por esse sentimento
[Amor?]

Não o sabes/queres cuidar

E,
Por mais noites que vivas na minha cabeça,
A saudade não vale a pena
A ausência não traz paz

Apenas o tempo é nosso aliado
Se o ambicionarmos
Há-de passar

[“Não me julges pela metade
Se não me conheces por inteiro”]


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O teu sorriso
É uma das minhas casas

Aquela que é maior que o mundo

Dá-me mais um

Prometo guardá-lo
Nos sonhos tornados reais

O que trago em mim?
Sonhos por fazer
Realidade


[E a persistência dos loucos!]

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Abraço-me
Na janela de oportunidade do tempo
Entre a partida e a chegada

Quero ter na ponta da língua
O sorriso
[Meu e dos outros]

:)
É, cada vez mais,
Um dos melhores abraços a que posso abandonar-me

O sorriso, a música, as palavras, a dança,
O cuidado
[Meu e dos outros]

Devo agradecer-te
Por trazeres, de novo, as palavras que conheço

Afinal,
Não existem invernos que durem para sempre,
Estações de nós que não acabem

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Foi

Um simples acaso
Um grande erro
Uma decisão

Foi
[Não o é e não será?]

Beija-me pela última vez
E desliga o tempo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Num dia maior
Transformo a dor em palavras
E as palavras em poesia

Num dia maior
Um sorriso
Apagará todas as lágrimas

Num dia maior
A morte, mesmo que certa,
Não ceifará a vida

Num dia maior
Ou num solstício de verão
Fugir para a frente

Querer, ao limite,
Fugir do presente
Do passado

Não dos outros
Fugir de nós e para a frente

100 olhar para o lado

Abdicar de pensar
Ir
100 regresso programado

[Ser trapézio sem rede!]

Fugir para a frente, porquê?
Porque a vida pode parar
Mas não anda para trás

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A poesia

É rezar a um Deus
Que não vejo
Que não sinto
Que não sou


Em que acredito

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"Mais que de máquinas,
Precisamos de humanidade"

Mais que de seres,
Precisamos de seres humanos

Mais que de ruído,
Precisamos de música

Mais que de letras,
Precisamos de poesia

Mais que de sol,
Precisamos de dias de sol e chuva

Mais que da terra e do espaço,
Precisamos do universo

Mais que de metades,
Precisamos de pessoas inteiras



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As tuas chegadas sem um beijo
As tuas partidas com beijos
Que terminam antes de começar
Roubam-me o sorriso

Quando de dia vives sem conhecer-me
E à noite tocas o que sou
Roubas-me o sorriso

Quem és tu?
De que tens medo?
Perguntas, só perguntas!
Roubam-me o sorriso

[Tenho de ir à esquadra mais próxima
Talvez o encontrem
À deriva]

Vou esperar o tempo
Que tudo cria e tudo mata
E, também, a tudo responde

[Continuo a querer-te bem!]

Só não consigo esperar-te

domingo, 28 de abril de 2013

Abril 2013

Conheço-te dos dias de sol e de chuva

E, também, das noites

De todos os dias que terminam cedo demais


Conheço-me contigo

A sorrir

Nas palavras e silêncios


Conheço-me nas partidas

Com lágrimas cercadas num coração de arame

Com palavras de circunstância

E outras, que não o sendo, fazem companhia às lágrimas, no coração de arame


Conheço-me nas chegadas

Feliz

Como não possível de escrever


Como afirma a música

“Não há nada no universo

Que aconteça sem o não e sem o sim”


Mas, QUERO-TE tanto

[Talvez, em todos os dias que assim terminam cedo demais]


Até esses dias,

Elsa