sábado, 27 de novembro de 2010





Pergunto-me

O que conhecerei da minha origem
O que poderei descobrir
O que disso será verdade

[Duvidarei sempre da verdade!]

terça-feira, 23 de novembro de 2010



Amanhã
Quero continuar a pertencer a essa rua
Como se ela fosse um prolongamento do meu sentir

Imagino-me a ser
As casas que a contornam
As galerias de arte
As exposições
Os artistas

As pessoas que caminham
O chão que suporta
As roupas
Os pensamentos

O CCB
As lojas, objectos, cores
A mesa em que lanchavam os vendedores
As conversas que os entretinham
A partilha

Amanhã
Quero continuar a pertencer a essa rua
Saber-me diferente
E, sobretudo, igual!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Compreendes o milagre
De cuidar de um quilo e pouco de Pessoa

Sentir-me Deus e Ser Humano ao mesmo tempo

Ser Enfermeira?

terça-feira, 16 de novembro de 2010





Faz frio dentro de mim
Talvez caiam folhas
E chova de vez em quando

Vou comprar mais agasalhos
1 guarda-chuva
Escapar deste Inverno que teima abarcar-me

Talvez consiga aí construir uma Primavera!

Há questões que matam tudo o que somos
Transformam-nos em pó
E, por vezes, em nada

Crescerá aí o lamento?
NÃO! Reunir-se-á a força necessária
Para abrir o futuro

[Será que vejo tão longe quanto os outros?]




Dá-me
1 momento de insónia
Uma janela aberta para a noite
1 pedaço de céu
Uma neblina ao longe
E cada vez mais perto

Dá-me
Uma cidade a meus pés
Pessoas a caminhar na rua às 2:59h
Uma música conhecida a passar na rádio
Memórias do que consegui ser
Do que quero ser

1968 Apolo rumo à lua

E, talvez, eu já só consiga dormir quando não for noite!

terça-feira, 2 de novembro de 2010


É cedo, de tão noite

Coimbra não dorme
Os meus vizinhos não dormem
Eu não durmo

Não sofremos por insónias
Nem por um qualquer amor

Não permanecemos acordados por obrigação
Nem por um qualquer delírio

Não fechamos os olhos por cansaço
Nem por nos sentirmos mortos

É cedo, de tão noite

E estamos vigilantes por esse orgasmo que é criar!