
Pergunto-me,
Será a existência um lapso de Deus.
Procura.
Encontras?
Não desistas.
Nem sempre o errado não se encontra certo!
O errado é relativo.
O relativo, relativiza-se!
Nada existe.
Tudo é válido.
Encontramo-nos na Era da Liberdade!
Condicionada, mas Liberdade!
Sinto a liberdade a iniciar-se na compreensão.
O outro não consegue integrar-te?
Prende-se em si.
Não simplifiques,
Ignorando.
Terminou-se o Tempo da exposição do outro.
Cria-se Tempo.
Cronos jamais conseguirá devorar-nos juntos.
Liberdade.
Desejava integra-la,
Num Tempo Singular e Plural,
Num Tempo não cronometrado.
A trabalhar para Ser Livre.
Observo.
Desgasto o olhar.
São Pessoas, Objectos e Som!
Penetram no tímpano em volume e altura
Sons, som e mais sons…
Toco nesses Objectos.
Penetro-os, sem clemência.
Não osculto opiniões!
Penetro-os.
[Compreendes-me?]
Saboreio o café.
[Sinto-lhe o gosto e o cheiro!]
Grito?
Não!
Necessito de estímulos.
Em quantidade! Em qualidade!
E repouso.
Descanso.
Todas as vozes internas o clamam!
Descanso.
[Este organismo,
Exige-o!]
Todavia, o intelecto não se submete!
O intelecto incomoda.
Intelectualizar manifesta incompreensão!
[Compreendes-me?]
Necessito de teorias.
Singulares.
Inerentes ao indivíduo, individual!
O cheiro do tabaco incorpora-me.
Distancio-me de outros e com outros.
Mentira!
Distancio-me, divago e disserto!
Procuro um Deus interno,
Ao meu Ser.
Não creio na existência de outros.
Creio no que vive!
Creio no olhar, toque, cheiro, gosto, audição e tacto,
Com que descobres a farsa!
Almejas quimeras.
Até a farsa superar-te.
[Compreendes-me?]